Pense e Enriqueça: O poder do pensamento
- 25 de abr. de 2023
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Este primeiro capítulo do famoso livro ”Pense e Enriqueça", escrito em 1937 pelo escritor americano, Napoleon Hill, é composto por três histórias curtas. São relatos que ilustram como os princípios descritos ao longo de toda a obra são aplicados por pessoas comuns, como você e eu, para conseguir o que desejam.

Primeira história
Ele tinha pouca educação, nenhum dinheiro, zero influência e não conhecia pessoalmente o homem com quem desejava formar uma parceria de negócios. Mas não encarou isso como empecilho para realizar o seu intento.
O jovem, chamado Edwin C. Barnes, por anos alimentou um desejo ardente de tornar-se sócio do famoso empresário e inventor americano, Thomas A. Edison, muito conhecido por desenvolver a lâmpada incandescente.
Barnes não possuía uma habilidade específica e, por anos, não conseguia sequer juntar a quantia necessária para comprar a sua passagem de trem para ir até Nova Jersey, onde T. Edison se encontrava. Apesar desses obstáculos, que certamente impediriam a grande maioria das pessoas de seguir em frente com o seu objetivo, ele foi bem sucedido.
Neste capítulo, chamado "O Poder do Pensamento", Napoleon Hill diz que Edwin C. Barnes "pensou" a sua parceria de negócio com Thomas Edison. Mas o sucesso não veio como um passe de mágica. A conquista exigiu trabalho duro e anos de investimento no seu desenvolvimento pessoal até encontrar a oportunidade certa para conquistar o que desejava. A autor diz que quem toma conhecimento da história de Edwin B. não faz ideia de todo o trabalho por trás dessa construção. E ele chama a atenção para o fato de que ele queria trabalhar COM Thomas Edison e não PARA ele.
Quando finalmente juntou as condições necessárias e foi até o empresário para revelar as suas intenções, Barnes recebeu um não e uma proposta de emprego. Les Brown ensina que devemos ter fé em nós e nos nossos sonhos, pois muitas pessoas são tão negativas que precisam dizer não sete vezes, antes de dizer um sim.
A resposta não desencorajou Barnes, que aceitou a proposta de emprego para ter a chance de provar que merecia a parceria com Thomas Edison. Napoleon Hill relata que isso fez com que o homem desejasse ainda mais a parceria e pensasse: "Vim aqui para abrir um negócio com Edison e alcançarei esse objetivo, nem que leve o resto da minha vida".
Este é um dos princípios, que segundo Jim Rohn, é importantíssimo para a construção do sucesso. Devemos aprender a usar a fórmula do "until": "eu vou fazer isso ATÉ conseguir ou ATÉ morrer". Quando temos essa determinação, a vida abre caminhos para obtermos o nosso desejo.
Você reparou na determinação de Edwin Barnes em realizar o seu objetivo? Na clareza sobre o seu valor, suas habilidades e desejo? Está escrito que era um desejo forte, claro e determinado. Ele estava decidido a investir o que restava da sua vida para consegui-lo e o autor diz que este é um princípio essencial na realização de qualquer sonho: o desejo precisa ser ardente.
Eu não concordo que precisamos desejar com tanta força, porém não nego que é necessário um certo vigor porque ele nos movimenta para agir. E o sucesso é construção. Jim Rohn define sucesso como sendo umas poucas disciplinas praticadas diariamente e Les Brown complementa dizendo que é melhor trabalhar constantemente em nós e nos preparar para a oportunidade e não encontrá-la do que encontrá-la e não estar preparados para ela. Faz muito sentido, concorda?
"Quando a oportunidade surgiu, ela apareceu de forma e direção diferentes do que Barnes esperava. Esse é um dos truques da oportunidade. Tem o hábito astuto de entrar pela porta dos fundos e muitas vezes vem disfarçada de infortúnio ou derrota temporária. Talvez seja por isso que tantas pessoas não conseguem reconhecê-la."
Receber uma oferta de emprego ao invés da parceira era, ao mesmo tempo uma derrota e uma oportunidade, já que antes desse momento, Barnes nem sequer conhecia Thomas Edison pessoalmente. Essa história seria bem diferente se ele tivesse aceitado o não como derrota total e desistido do sonho da parceria.
As lições que tirei dessa história são: tenha clareza sobre o que deseja construir na sua vida (qual é a sua definição pessoal de sucesso?); comece a pensar e a falar sobre o seu desejo de forma detalhada; trabalhe nas suas habilidades necessárias para a construção do seu sonho; seja o seu próprio suporte quando a vida não estiver cooperando; e não aceite a derrota porque essa é temporária. A derrota só se torna definitiva quando você a aceita como verdade.
Segunda história
O jovem rapaz decide ir em busca de um tesouro. Descobre-o, vai até familiares e amigos pedir dinheiro emprestado para comprar os equipamentos e fazer a extração do ouro. Ele consegue arrecadar uma quantia suficiente para dar entrada nos equipamentos e assim, faz a compra e extrai as primeiras cargas da sua fortuna. Com essa quantia, ele consegue o suficiente para pagar os empréstimos e, animado, continua o trabalho de escavação.
Depois de trabalhar por mais algum tempo sem encontrar a recompensa esperada, ele começa a duvidar da possibilidade de construir o sucesso através dessa empreitada. Persiste por mais um mês ou dois, fazendo algumas tentativas frustradas, até se deparar com o seu limite pessoal e abandonar o desejo.
Ele vai até um ferro-velho, vende todos os equipamentos por uma bagatela e volta para a sua vida anterior, pobre. O homem do ferro-velho, percebendo a oportunidade, pega os equipamentos, contrata um engenheiro e vai fazer a escavação em busca do ouro. Em pouco tempo, ele encontra muito ouro a poucos metros do local onde o homem anterior desistiu.
Como diz Viktor Frankl, a vida está sempre nos oferecendo oportunidades para fazer escolhas: podemos aproveitar essas oportunidades para aprender e crescer ou podemos abandonar os nossos sonhos e nos tornar vítimas da vida. No final, sempre cabe a nós fazer a escolha e viver com as consequências.
"Antes que o sucesso chegue para a maioria das pessoas, elas encontrarão muitas derrotas temporárias e talvez algum fracasso. Quando confrontadas com a derrota, a coisa mais fácil e lógica a fazer é desistir. É exatamente isso que a maioria das pessoas faz."
As lições que tirei dessa história são: não desista dos seus sonhos quando a coisa ficar difícil; o funil fica mais estreito quando estamos na reta final, aguente firme; saiba quando é hora de buscar ajuda externa; e não se deixe levar pela derrota.
Terceira história
Segundo o autor, ela é persistente e determinada.
Esta é a história de uma garotinha que triunfa sob a vontade de um homem mais velho, nos ensinando lições valiosas sobre esses dois princípios importantes na construção do sucesso, seja ele financeiro ou não.
Filha de locatários e descrita como muito pobre, ela foi enviada pela mãe para pedir cinquenta centavos ao homem, que no meu entendimento era o patrão. Esse se recusa a dar-lhe o dinheiro e manda-a de volta. A menina não se move. Mais tarde o homem percebe que a criança continua ali e a manda embora novamente, sem sucesso. Depois de algumas tentativas frustradas e muito incomodado com presença da menina, o homem finalmente desiste e dá-lhe a quantidade só para se ver livre dela.
O que podemos aprender com a história dessa criança, seja ela verdadeira ou apenas uma ilustração? Qual a mentalidade da menina?
"As riquezas começam com um estado de espírito e um propósito definido, com pouco ou nenhum trabalho duro."
Napoleon Hill diz que devemos aprender como adquirir tal mindset, pois o sucesso é criado por aquelas pessoas que se tornam conscientes do sucesso e o fracasso é criado por aquelas que, inconscientemente, se permitem tornar-se conscientes do fracasso.
Essa é a essência de todo o conteúdo deste livro: a mentalidade. Qual é a sua mentalidade sobre o sucesso? Sobre a vida? Sobre relacionamento? Sobre você mesmo? Sobre o seu trabalho? São essas crenças que carregamos, muitas vezes de forma inconsciente, que afetam os resultados que criamos.
Essa menina ainda não tinha sido moldada pelo ambiente em que estava inserida e com isso, ainda não carregava crenças limitantes e não levava nada para o pessoal. A menina conservava o desejo puro e agiu com persistência e determinação porque não sabia fazer diferente.
As lições que tirei dessa história são: seja mais como as crianças; não aceitar o "não" como resposta final; persista na tentativa até conseguir o que deseja; aprenda a arte da persuasão; tenha clareza da sua mentalidade, pois para criar o sucesso, você precisa se tornar consciente do sucesso e parar de alimentar a mentalidade da escassez.
Conclusão
Por fim, na última parte deste capítulo, Napoleon Hill diz que somos o mestre do nosso destino e o capitão do nosso barco. Somos nós que decidimos em que direção queremos remar. Um barco à deriva pode até chegar no destino desejado, mas vai levar muito mais tempo, gastar muito mais combustível e trazer muitas frustrações para quem estiver a bordo.
Para concluir, ele explica em detalhes como funciona o poder do pensamento, que dá nome ao capítulo. Ele explica que o éter em que nosso planeta flutua, e no qual nós existimos, é uma forma de energia que vibra. Esse éter está repleto de um poder universal que se adapta à natureza dos nossos pensamentos e nos influencia a torná-los em realidade física.
Segundo ele, esse poder não discrimina entre pensamentos destrutivos ou construtivos e nos incita a transformar, o que quer que acreditamos, em realidade. Essa é a razão pela qual muitos autores, gurus, religiosos, palestrantes motivacionais e psicólogos nos alertam para tomar cuidado com os nossos pensamentos. O que quer que pensemos diariamente, tendemos a criar na nossa realidade, seja pobreza ou riqueza, saúde ou doença, paz ou guerra, amor ou ódio.
E eu finalizo com uma frase muito famosa que diz "se você pensa que pode ou que não pode, de qualquer maneira você está certo". Desejo que você trabalhe na sua mentalidade de forma a carregar e semear crenças construtivas e produtivas, para você e para todos aqueles que te cercam.
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