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O terceiro compromisso: não faça suposições

  • 2 de set. de 2020
  • 5 min de leitura

Atualizado: 9 de set. de 2020

No post de hoje, vamos mergulhar no terceiro compromisso do livro “Os Quatro Compromissos para descobrir como funciona e como aplicar em nossa vida.


Você é do tipo que pensa muito? Daquelas pessoas que criam histórias e pensam que tudo é exatamente como imagina em seus enredos? Saiba que pensar muito nos leva a fazer suposições e criar mentiras nas quais passamos a acreditar como se fossem verdades. E o resultado disso é sofrimento.

Estamos sempre tentando dar sentido para tudo, dentro e fora de nós. Existe uma voz interna, com a qual você já deve estar familiarizado, que está sempre lá, nunca para, mas que não é real. Aa ouvi-la, podemos dizer: "Sou eu quem está falando." “Mas se você é a voz que está falando, quem está ouvindo?”, diz Don Miguel.

Ao pensar "E se?" podemos criar um drama. Todo ser humano pode pensar muito e o pensar gera medo, pois não temos o controle sobre todos os pensamentos, todos os símbolos que distorcemos em nossa mente. Se simplesmente pudéssemos parar de pensar no que não é essencial, não tentaríamos explicar nada para nós mesmos, o que evitaria as suposições. Consequência: menos sofrimento.

Segundo o autor de “Os Quatro Compromissos”, nós, humanos, temos a tendência de fazer deduções sobre tudo e todos. Mais do que isso, temos a capacidade de acreditar que essas imaginações sejam verdades. Criamos histórias em nossa cabeça sobre o que os outros estão dizendo, fazendo e pensando, levamos para o pessoal, e os culpamos. Por fim, reagimos envenenando nossas palavras. “Essa é a razão pela qual toda vez que fazemos suposições, estamos pedindo por problemas. Fazemos suposições, entendemos errado, levamos para o lado pessoal e acabamos por criar problemas.”

Para quem não lembra, “Os Quatro Compromissos”, livro escrito pelo mexicano Don Miguel Ruiz, detalha comportamentos inconscientes e nos ensina a corrigi-los para viver em harmonia.

Se este é o primeiro post desta série que você está lendo, sugiro que dê uma olhada na visão geral do livro e se familiarize com o primeiro e o segundo compromissos. Aqui está uma breve recapitulação dos mesmos:

Seja impecável com a sua palavra: este primeiro compromisso se baseia no pressuposto de que nossas palavras definem como vivemos nossas vidas, afetando a maneira como vemos a nós e aos outros. A lição principal é que nunca devemos usá-las contra nós nem contra as outras pessoas.

Não leve nada para o lado pessoal: o segundo é uma lição sobre como responder quando o outro não é impecável com sua palavra. Não devemos permitir que essas situações afetem a forma como vemos a nós mesmos e nossas vidas.

Exploremos então, de forma mais detalhada, o terceiro compromisso.

Não faça suposições

“Encontre coragem para fazer perguntas e expressar o que realmente deseja. Comunique-se o mais claramente possível para evitar mal-entendidos, tristeza e drama. Com apenas este compromisso, você pode transformar completamente sua vida."

Você já notou quando um amigo começa a agir de forma estranha, de repente? Já sentiu medo de ter feito algo para magoá-lo, mas não sabe o quê? Isso acontece com todos nós e é apenas uma das muitas formas de manifestação das suposições.

Acho que já estamos maduros o suficiente para saber que uma suspeita leva à outra e com elas, tiramos conclusões precipitadas e levamos nossa história para o lado pessoal. Culpamos as outras pessoas e, geralmente, começamos a fofocar para tentar justificar essas teorias. “Fofocando, uma mensagem distorcida torna-se ainda mais distorcida.”

Uma suposição nada mais é do que uma mentira que contamos a nós mesmos, pois não sabemos se algo é realmente verdade ou não. “Nós vemos e ouvimos apenas o que queremos. Não percebemos as coisas como realmente são. Temos o hábito de imaginar sem base na realidade. Literalmente, criamos coisas em nossa imaginação.” 

Para Don Miguel, quando fazemos deduções sobre o nosso relacionamento estamos literalmente pedindo por drama ao assumir que o parceiro(a) sabe o que pensamos e que não precisamos dizer o que queremos. Assumimos que o outro fará o que queremos porque ele(a) nos conhece muito bem. Se não faz, assumimos que deveria ter feito e ficamos magoados, afinal “ele(a) deveria saber”. As suposições criam dificuldades, desentendimentos e brigas entre os casais, enquanto pedir pelo que queremos, facilita a vida para os dois lados.

Deduções causam problemas porque se baseiam em expectativas. Presumimos que uma situação vai se desenrolar de determinada maneira ou que alguém vai agir como esperamos e ficamos desapontados quando não acontece. Quando fazemos suposições, ficamos completamente convencidos de que nossos pensamentos e sentimentos são verdadeiros e nos sentimos enganados quando não são.

Por que criamos essas teorias?

Nossa mente precisa justificar, explicar e entender tudo para que possamos sentir seguros. Temos milhões de questionamentos e buscamos respostas porque nossa mente racional não consegue entender ou explicar muitas coisas. “Se a resposta está correta, não é importante. A resposta por si só basta para nos fazer sentir seguros e essa é a razão pela qual fazemos suposições”.

Por acreditar que fazemos deduções sobre tudo, D. Miguel escreveu o livro "A Voz do Conhecimento”, no qual diz que “a mentira fala em sua língua, mas seu espírito, a verdade, não tem linguagem. Você apenas conhece a verdade; você sente. A voz do seu espírito tenta sair, mas a voz da mentira é cada vez mais forte e prende sua atenção quase o tempo todo.”

Criamos suposições de forma inconsciente e rápida porque temos crenças que vão na mesma direção. “Nós assumimos que não é seguro fazer perguntas, que as pessoas que nos amam deveriam nos conhecer tão bem a ponto de saber o que pensamos e queremos sem precisar dizer. “Quando acreditamos em algo, assumimos que estamos certos a ponto de destruir relacionamentos para defender nossa posição.”

Não levar nada para o lado pessoal nos dá imunidade na interação com outras pessoas e não fazer suposições nos dá imunidade na interação conosco, com a nossa voz do conhecimento, que chamamos de pensamento.

Ao não fazer deduções, concentramos nossa atenção na verdade, não no que pensamos ser a verdade. Assim, vemos a vida como é, não como queremos que seja. Quando duvidamos de nossas suposições, o poder que investiríamos nelas retorna para nós e quando recuperamos toda essa energia, podemos usá-la para criar novos caminhos. Por isso, não faça suposições, faça perguntas.

As duas dicas do escritor para superar o hábito de fazer suposições são: seja claro(a) na forma como se comunica; e faça perguntas quando faltar informações para julgar menos.

A comunicação é o princípio que permeia os quatro compromissos e especialmente importante ao incorporar este terceiro em nossas vidas. No próximo e último post desta série, vamos aprender a usar essas lições como ferramenta para ser o melhor que pudermos.

Se você já leu o livro, compartilhe conosco sua experiência pessoal com essas sabedorias milenares.

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